quarta-feira, 26 de setembro de 2012

UMA INTERNET SEGURA PARA CRIANÇAS E ADOLESCENTES

O Núcleo de Tecnologia Municipal  (NTM - RJ 06)  tem como principal objetivo contribuir para a formação e o aperfeiçoamento dos profissionais da educação. Fazendo a ponte entre as novas tecnologias educacionais e a sala de aula, a escola em si.

Um tema que vem preocupando pais e professores é a (in)segurança da Internet.



Trouxemos esta reportagem para de forma simples e breve elucidar alguns pontos com relação a este assunto tão importante para todos enquanto pais, educadores e até mesmos usuários da grande rede.


Leia e entenda melhor:

Os meios de comunicação estão repletos de histórias sobre como a Internet, principalmente pelo acesso às redes sociais – Facebook e Twitter – e programas de mensagens instantâneas – Skype e MSN – são utilizados para prejudicar as pessoas. As vítimas são adultos e crianças, anônimos e celebridades. Em geral, as celebridades contam com profissionais especialmente dedicados a cuidar de suas contas on-line, e protegê-las de comentários indesejáveis. Mas e as crianças e os adolescentes? Quem vai protegê-los?

Para Carl Blackett, arquiteto de segurança do Norfolk County Council, crianças e adolescentes estão se tornando cada vez mais conscientes em relação à segurança de suas contas on-line. “Pergunte a um jovem de 13 anos qual é sua senha do Facebook ou de e-mail e espere a resposta…. Mas, de acordo com minha experiência, mantenha-se a uma distância segura”, avisa.

No entanto, segundo ele, essa consciência nem sempre impede que crianças ou adolescentes adicionem à sua rede social pessoas desconhecidas. “A Internet tornou-se rapidamente o playground do século 21. O balanço e o gira-gira foram substituídos pelo mundo on-line, onde não há como vigiar tudo.”

A situação é preocupante, mas há formas de os pais protegerem seus filhos na web. Como fazer isso? De acordo com Blackett, a resposta pode ser mais simples do que muitos pensam. Ele indica três alternativas principais:




1 - Educar sobre práticas seguras
2 - Restringir o acesso à Internet
3 - Monitorar o uso (quando possível)



“A educação é o que funciona melhor com as crianças”, diz, lembrando que elas são ensinadas desde cedo sobre a diferença entre o certo e o errado. “Nós as ensinamos a atravessar a rua com segurança, dizer por favor e obrigado, então por que não podemos ensinar a usar a Internet de forma segura?”, reflete. E afirma: Simplesmente, nós podemos. E se começarmos essa educação cedo, daremos a nossos filhos uma sólida base para a vida futura.”

Já a restrição do acesso à Internet é visto com reservas. “Se você disser a uma criança que algo está quente, ela, certamente, vai tocar o objeto tão logo você vire as costas”, argumenta. Ele recomenda controlar o acesso por meio, por exemplo, do uso da Internet em um ambiente comum da casa. “Afinal, se não há o que esconder, porque o computador deve ficar isolado no quarto.”

Nas escolas (e também em casa) é possível instalar ferramentas especializadas e aplicar uma política de filtragem para garantir o controle do acesso à Internet. Blackett recomenda também que os pais façam parte da rede social dos filhos e dessa forma tenham acesso às atividades, fotos e interações. Assim, poderão denunciar atividades suspeitas por meio dos canais adequados, além de conversar com os filhos para garantir que as lições de segurança sejam aprendidas de forma fácil. “Pode parecer uma medida drástica e que você seja visto como paranóico. No entanto, ninguém gosta de ver histórias que afetam as crianças no ambiente em que vivem, mas com o aumento do uso da Internet, o ambiente em que vivem se ampliou muito, deixando de ser sua casa”, conclui.



Fonte:
http://letstalk.globalservices.bt.com/pt/2012/09/uma-internet-segura-para-criancas-e-adolescentes/

domingo, 23 de setembro de 2012

CONCURSO CULTURAL EDUCONEX@O 2012




O Concurso Cultural Educonex@o 2012 – Participação Social convida grupos de alunos e seus professores a produzirem vídeos, de curtíssima duração, tendo como foco a participação do jovem na sociedade.  

A ideia é que cada grupo desenvolva uma produção de audiovisual a partir do vídeo introdutório, disponível no site. Os vídeos enviados deverão dar continuidade ao enredo.

A participação é gratuita, aberta a jovens estudantes com idades entre 14 e 19 anos, vinculados às instituições de ensino (escolas públicas ou privadas, ONGs, fundações, institutos). Devem ainda estar matriculados em escolas publicas ou privadas, no ano escolar de 2012. Cada grupo deve integrar até cinco alunos e um professor responsável.


domingo, 9 de setembro de 2012

Computadores Entram na Era da Inteligência Emocional

As emoções humanas são um fator importante na hora de se fabricar qualquer tipo de software
                                                             Foto: EFE 

Uma nova tecnologia permite que os computadores reconheçam o estado de ânimo de quem o está utilizando e engenheiros fabricam máquinas capazes de detectar mentiras e identificar pessoas receptíveis ou ameaçadoras. É a era dos computadores com inteligência emocional.

Um jogador de pôquer, atividade que exige uma percepção de detalhes e gestos dos oponentes assim como a ocultação dos próprios sentimentos, teria poucas chances de ganhar de um computador, não apenas por sua grande capacidade de cálculo, mas porque agora eles são capazes de desvendar a psique humana.

Cientistas das universidades espanholas Carlos III (Madri) e de Granada desenvolveram um sistema que permite ao computador reconhecer o estado de ânimo da pessoa que se comunica oralmente com a máquina, o que pode adequar sua resposta aos sentimentos do usuário.

"Graças a esse avanço, a máquina poderá determinar como se sente o usuário e como pretende continuar o diálogo", explica um dos criadores do programa, David Griol, professor da Universidade Carlos III.

Detecção automática de emoções

Para detectar o estado emocional do usuário, os cientistas se concentraram nas emoções negativas, como o enfado, o cansaço e a dúvida, que podem ocorrer quando uma pessoa se frustre ao falar com um sistema automático. "Para detectá-las automaticamente, utiliza-se informação sobre o tom de voz, a velocidade com que se fala, a duração das pausas, a energia do sinal de voz e mais uma série de fatores, que completam 60 parâmetros de análise", diz Griol.

"O fato do sistema não reconhecer bem o que o interlocutor deseja ou que tenha pedido para que ele repita informação são fatores que podem fazer a pessoa se aborrecer ao interagir com a máquina", apontam os pesquisadores das duas universidades.

Além disso, os cientistas afirmam que o importante é a máquina prever como vai se desenrolar o resto da conversa. "Para isso, desenvolvemos um método estatístico, que aprende com diálogos anteriores quais são as reações mais prováveis que os usuários podem ter", destacam.

Quando são detectados tanto a emoção como a intenção, os cientistas dizem que o computador deve adaptar automaticamente o diálogo ao estado do usuário: "por exemplo, se ele tem dúvidas, pode-se fornecer uma ajuda mais detalhada".

Pesquisadores da Universidade de Columbia, nos Estados Unidos, desenvolveram ferramentas tecnológicas que analisam a entonação e a maneira de se expressar das pessoas para detectar mentiras.

O objetivo é construir um poderoso detector de mentiras, mais preciso que os equipamentos tradicionais usados para este fim e do que a intuição humana.

Os pesquisadores focaram o trabalho em elementos não-verbais para criar um programa para distinguir o verdadeiro do falso. Para isso, analisaram os detalhes que as pessoas transmitem de forma inconsciente enquanto se fala.

Computadores caçadores de mentirosos

A professora de informática e de linguagem Julia Hirschberg, que lidera a pesquisa, considera que os aspectos não verbais da comunicação são um dos indicadores mais confiáveis para saber se alguém está tentando mentir. Julia solicitou a 32 voluntários que tentassem convencer uma pessoa de que eram grandes empresários, quando na verdade não eram. Enquanto desempenhavam o papel de pessoas de sucesso, deviam pressionar um pedal escondido quando diziam a verdade e outro quanto mentiam.

As entrevistas foram gravadas e checadas com as respostas do pedal e um aplicativo que analisa as características da fala e da linguagem dos participantes armazenava desta forma quando mentiam, por meio de pausas, risos ou mudanças no tom de voz.

Com essa informação, Julia e sua equipe fizeram classificações que permitiram acertar com 70% de precisão a verdade da mentira, uma porcentagem bastante alta.

Uma pesquisa da Universidade Autônoma de Barcelona desenvolveu um programa que ajuda os computadores a determinar se a pessoa que está o utilizando é receptível ou ameaçadora. A equipe dirigida por Mario Rojas, em colaboração com psicólogos da Universidade de Princeton, criou um software capaz de compreender gestos faciais, em alguns casos com uma precisão maior de 90%. Segundo Rojas, "as características do rosto tem um papel fundamental em nossos julgamentos diários sobre as outras pessoas".

Os pesquisadores da Universidade de Barcelona estudaram que parte da informação proveniente do rosto podia ser aprendida pelo computador, como forma de tentar prever nove características baseadas em expressões: atrativo, competente, confiável, dominante, tacanho, medroso, extrovertido, ameaçador e simpático.

Para isso, utilizaram técnicas de aprendizagem de máquinas, um ramo da inteligência artificial que utiliza exemplos para ensinar um programa a como funcionar.

Os pesquisadores utilizaram um grupo de imagens faciais, cada uma associada a traços de personalidade específico, para ensinar o computador a interpretar os rostos.

Desta forma, as máquinas conseguiram apontar, com uma eficácia entre 91% e 96%, três características da personalidade de um indivíduo com base no rosto da pessoa.




OMAR R. GONCEBAT

Direto de Berlim (Alemanha)