quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Plataforma Khan Academy Ganha Versão em Português


O célebre professor Salman Khan e a Fundação Lemman anunciaram nesta terça-feira (12), em São Paulo, que os alunos brasileiros ganharão uma versão da Khan Academy, com videoaulas, exercícios de matemática para o ensino fundamental e relatórios de desempenho disponíveis em português. Ainda em fase de testes, o novo portal só poderá ser acessado por um grupo de desenvolvedores e convidados por enquanto. A partir de 20 de janeiro, contudo, a plataforma será aberta para todo e qualquer usuário. A meta inicial da Lemman e de um conjunto de ONGs parcerias é alcançar pelo menos 100 mil estudantes de escolas públicas. Elas esperam, com o uso da plataforma, contribuir para a melhoria do aprendizado de matemática no país. Hoje, apenas 36% dos estudantes dos primeiros anos do ensino fundamental apresentam desempenho adequado na disciplina, segundo dados do Todos pela Educação.
E o caminho escolhido para alcançar tal objetivo é o da personalizaçãoGlossário compartilhado de termos de inovação em educação. Isso porque, além de contar com o auxílio dos milhares de exercícios on-line e das videoaulas que já vinham sendo traduzidas para o português pela Fundação Lemann, agora os educadores e os próprios estudantes que utilizarem o novo ambiente virtual poderão monitorar a evolução do seu aprendizado a partir da lógica das plataformas adaptativasGlossário compartilhado de termos de inovação em educação. Ou seja, os conteúdos a serem trabalhados no portal se adaptam ao nível de aprendizado de cada aluno e todo o desempenho do estudante pode ser representado por medalhas e insígnias. Além disso, os alunos conseguem checar o seu próprio mapa de conhecimento, que detalha visualmente o que ele já aprendeu do universo de assuntos que ele precisa dominar.
crédito eka panova / Fotolia.com
“Sabemos que a plataforma não é a solução para todos os problemas da educação. Mas essa possibilidade de personalizar o aprendizado é um dos caminhos da educação do futuro. Acreditamos que um dos principais diferenciais oferecido pela plataforma é o relatório de acompanhamento. Com ele, o professor consegue ter acesso em tempo real ao desempenhos de cada um dos seus alunos de forma detalhada. Sobre o anúncio desta terça, resolvemos abrir a plataforma para que ela seja testada e assim possamos receber críticas e sugestões de melhoria”, afirma Denis Mizne, diretor geral da Fundação Lemann.


Fonte: PORVIR

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

8 Plataformas Adaptativas Que Você Precisa Conhecer


Já falamos algumas vezes por aqui sobre o poder do uso de Big DataGlossário compartilhado de termos de inovação em educaçãona educação e como as chamadas plataformas adaptativasGlossário compartilhado de termos de inovação em educação têm ajudado professores, gestores e redes de ensino a dar mais autonomia aos alunos e a personalizar o processo de aprendizagem. Mas a construção desses algoritmos que analisam o desempenho dos alunos em tempo real e que sugerem conteúdos (vídeos, games, exercícios, textos etc.) específicos para as necessidades de cada um não é uma tarefa fácil.
Ainda são poucas as ferramentas que chegaram lá. Aproveitando o gancho da Education Dive, que publicou recentemente a sua seleção das mais famosas plataformas adaptativas, o Porvir preparou a sua versão da lista incluindo plataformas latinoamericanas. Entre elas estão a Smart Sparrow, que permite que qualquer pessoa crie seu próprio curso, a DreamBox, que personaliza o ensino por meio de games, e a Geekie Games, plataforma nacional que ajuda estudantes a se prepararem para o Enem. 
crédito alex/ fotolia.com






Fonte: PORVIR
 

domingo, 10 de novembro de 2013

Intel lança no Brasil tablet com Android para uso em sala de aula



A Intel anunciou neste sábado, durante o Intel Press Summit, em Florianópolis, a chegada de um tablet educacional projetado pela Intel Education Solutions ao Brasil. O equipamento é equipado com sistema operacional Android 4.0 e conta com um hardware robusto e sensores voltados para a educação, além de softwares específicos para uso em sala de aula. 
O equipamento tem tela de 10 polegadas, processador Intel Atom de 1,6 GHz, 1 GB de memória RAM e 16 GB de armazenamento. O aparelho conta com acessórios como lente de aumento para ser acoplada à câmera de 2 megapixels e um sensor de temperatura para realizar experiências em sala de aula, além de uma caneta para fazer anotações na tela. 

Para o gerente de Desenvolvimento de Negócios para Educação da Intel no Brasil, Ed Paoletti, as iniciativas da empresa na área de educação querem capacitar os alunos para as exigências do século XXI. "É um momento de transição em que os alunos deixam de ser meros receptores e passam a promover a colaboração em sala de aula, mas ainda tendo o professor como centro. O cenário ideal é termos no futuro o aluno como centro, e o professor como o guia", disse.
tablet projetado pela Intel conta com softwares projetados para uso em sala de aula, como um aplicativo para pesquisas científicas e análise de dados, pintura e gravação de imagens. Esse grupo de aplicativos inclui, por exemplo, uma câmera de lapso de tempo, que grava vídeos em alta velocidade e pode, por exemplo, mostrar ao aluno como se dá o desenvolvimento de uma experiência tradicional em sala de aula: a germinação de feijão no algodão.
Empresas como CCE, MGB, Philco, Positivo e SpaceBR estão habilitadas para fabricar o equipamento e atender a demanda de escolas públicas e privadas no País. Além do equipamento de 10,1 polegadas mostrado no evento, a Intel também projetou uma versão de 7 polegadas do dispositivo.

terça-feira, 5 de novembro de 2013

CONECTA 2013



A edição do Conecta 2013 terá uma programação direcionada para o tema Games. A escolha foi baseada na pesquisa As perspectivas tecnológicas para o ensino fundamental e médio brasileiro de 2012 a 2017: uma análise regional do NMC Horizon Project, desenvolvida de forma colaborativa pelo Sistema Firjan e o New Media Consortium – comunidade internacional especializada em tecnologias educacionais. O objetivo do estudo é realizar um panorama tecnológico para a adoção regional de novas tecnologias educacionais.
O relatório apontou as tendências tecnológicas que terão impacto na educação do Brasil nos próximos cinco anos, e os Games foram identificados como tecnologias emergentes nesta prospecção local. Partindo deste resultado, o Conecta 2013 tem uma vasta programação com abordagens variadas sobre Games, para ampliar o debate sobre o tema e os desafios para a sua aplicação no ambiente do aprendizado.
O uso dos Games no ambiente escolar vem sendo cada vez mais assimilado pelos educadores em todo o mundo. Além das várias habilidades decorrentes do uso de games no cotidiano – como o planejamento, o raciocínio lógico e a autonomia -, são desenvolvidos novos modelos de aprendizagem baseados nos games educacionais, que estimulam o engajamento dos alunos nas aulas, adequadas à linguagem 2.0, e a colaboração online.

Confira a programação.
Local: Centro de Convenções Sulamérica
Endereço: Av: Paulo de Frontin, 1 – Cidade Nova – Centro


Fonte: CONECTA 

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Confira 4 Dicas Para Melhorar a Produtividade no Seu Tablet



Os Tablets estão cavando um espaço importante no mercado de tecnologia e chegam a ser apontados como um dos motivos do declínio da venda de PCs. Para quem quer ver um filme, ouvir música ou jogar algum game leve, eles talvez sejam uma escolha mais confortável; contudo, eles ainda ficam bem abaixo do bom e velho desktop ou um laptop quando o assunto é produtividade.

As dicas abaixo, boladas pelo Mashable, são para aqueles que gostariam de transformar o seu tablet em uma alternativa viável para o trabalho. 

Ausência de jogos
A primeira coisa que você deve fazer para transformar seu Tablet em uma máquina de trabalho é afastar as tentações que um dispositivo, que naturalmente é usado para entretenimento, pode oferecer. Em seguida, é hora de procurar os aplicativos certos para trabalhar.

O app Parallels Access ou o iTeleport, ambos exclusivos para iOS (e pagos), são uma boa alternativa, que permite a execução de programas do seu computador pelo Tablet, o que também possibilita a edição de documentos de forma remota. Outros apps bacanas para o trabalho são o Dropbox, o Google Drive e o Trello, para organização.

Organização da página inicial
Ok, você pode ter jogos no seu Tablet, desde que saiba que o lugar correto para eles é longe dos seus olhos. Reserve o espaço da tela inicial do seu dispositivo para os apps de produtividade e coloque o Angry Birds lá no fundo.

Teclado
É praticamente impossível ser produtivo em um Tablet se você usa apenas o teclado embutido na tela do aparelho. Há alternativas mais inteligentes. Uma das mais interessantes é o TouchFire, que aproveita a tela do iPad para criar "teclas físicas", como visto no vídeo abaixo. Ele custa cerca de US$ 50 nos EUA.




Se você precisa de mais espaço na tela, no entanto, a solução é um teclado externo tradicional. O Surface, por exemplo, oferece as Touch Covers, alternativa inteligente que une a funcionalidade de capa e teclado. Outros teclados e Bluetooth também podem resolver o problema para Androids e iPads.

Segundo monitor
Usar o Tablet para trabalho não significa necessariamente utilizá-lo apenas quando você está em deslocamento. Ele também pode ser usado como um segundo monitor, expandindo a tela do seu computador, ou como uma tela adicional, rodando apps como o Hootsuite ou algum outro que você use no cotidiano de trabalho, desafogando seu computador.

Alguns aplicativos ajudam a usar o seu tablet como uma extensão da tela, como o AirDisplay, iDisplay, REDFLY ScreenSlider, MaxiVista, Splashtop XDisplay. Todos são pagos.

Via Mashable 


Fonte: Olhar Digital

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

‘A Escola Precisa Preparar os Alunos Para Programar’

O pesquisador e engenheiro de software Silvio Meira é um dos principais pensadores brasileiros sobre a tecnologia da informação e seu impacto na sociedade. Ele escreve artigos científicos e para a imprensa, dá consultorias e profere palestras concorridíssimas em universidades e fora delas. Paraibano de 58 anos, ele também nunca saiu da escola – Silvio é formado em Engenharia Eletrônica pelo Instituto Tecnológico de Aeronáutica, tem mestrado em Ciência da Computação pela Universidade Federal de Pernambuco, doutorado em Computação pela University of Kent at Canterbury (Inglaterra) e é professor titular de Engenharia de Software da UFPE. Mas tem convicção de que a tecnologia da informação está questionando a utilidade do sistema escolar clássico.
“O que a gente vê claramente acontecendo hoje é um processo em que nós entendemos – talvez de uma vez por todas – que se aprende por toda vida, não só na escola”, diz Silvio.  Aprende-se durante uma discussão na mesa de bar que suscita uma dúvida solucionada pelo Google, aprende-se russo pelo Google Translate durante uma viagem, aprende-se assistindo a vídeos pelo Youtube, exemplifica o pesquisador. “A tecnologia existe fora da escola, em larga escala, profundamente na sociedade”, disse em entrevista ao Porvir. “O mundo não está esperando pela escola, quem está atrasada é a escola”, acrescentou.
Durante a conversa de quase uma hora, que evoluiu sobre questões relacionadas a processos de aprendizagem, problemas do ensino público brasileiro, ferramentas como Youtube e Bing, inovações na área educacional como o EdX (plataforma de cursos online de Harvard e MIT), games, robôs e programação, Silvio foi categórico em afirmar que  o “sistema educacional está falido de maneira catastrófica”.
crédito luxpainter / Fotolia.com

Mas o engenheiro, que ainda é cientista chefe do centro privado de inovação C.E.S.A.R, acredita que mais difícil do que atualizar os professores ou as próprias instituições tecnologicamente é fazer com que a escola seja um ambiente de aprendizado de processos de percepção, interação, compreensão e de intervenção no mundo. E já está preocupado com uma demanda futura, a necessidade de disseminar a cultura da programação. Para Sílvio, numa prazo de 30 a 40 anos será necessário, para exercer qualquer profissão, ter criatividade e capacidade de socialização com softwares de robôs. E é papel da escola preparar os alunos para essa realidade.
“O desafio de usar ou tecnologia da informação não existe mais. As pessoas já usam. Elas precisarão programar também”, prevê. Silvio lança hoje, em São Paulo, o livro Novos negócios inovadores de crescimento empreendedor no Brasil, no qual trata do tema explicando porque o empreendedorismo virou moda no país.
Leia parte da conversa, clicando aqui
Fonte: PORVIR

Ensino de Música Melhora Leitura e Atenção de Crianças

Poucas coisas são tão prazerosas na vida como ouvir música. Não é preciso pensar muito para lembrar de pelo menos três que representam momentos importantes, que causam arrepio, que emocionam. Como se não bastasse esse monte de coisa boa, elas também podem ser úteis para melhorar a vida na escola. Segundo um estudo de mais de duas décadas daNorthwestern University, dos Estados Unidos, ensinar música para crianças aumenta a capacidade de comunicação, atenção, memória, leitura e o desempenho acadêmico.
A neurocientista Nina Kraus, líder da pesquisa, acompanha grupos de crianças que fazem parte do Harmony Project, iniciativa sem fins lucrativos que oferece, gratuitamente, instrumentos e instrução para jovens que vivem em áreas de baixa renda, desde que prometam continuar na escola. Em artigo publicado neste mês, a pesquisadora apresenta um recorte da pesquisa com algumas das informações colhidas, desde agosto de 2011, com uma turma de 60 alunos, de 6 a 9 anos de idade, em que apenas 29 tinham contato com a música.
crédito brat82 / Fotolia.comPesquisadora da Northwestern University afirma que os benefícios da música podem melhorar o desempenho acadêmico

Segundo ela, alguns dos principais elementos da música, como o timbre, o tempo e o tom, foram fundamentais para que essas crianças – os 29 – desenvolvessem, mais rápido que as outras, habilidades de leitura, interpretação de texto e comunicação. “Os alunos que estudam música têm muitos benefícios em relação ao desenvolvimento da linguagem, da fala e da memória de trabalho auditiva”, explica Kraus ao Porvir.
Fonte: PORVIR

Software Usa Neurociência Para Melhorar Aprendizado


Depois de mais de 15 anos de investigação, pesquisadores brasileiros, baseados em Sergipe, conseguiram desenvolver um software capaz de auxiliar o aprendizado de português e matemática de alunos do ensino fundamental que apresentam transtornos de aprendizagem. O grande diferencial do programa intitulado EnsCer (Ensinando o Cérebro) é que ele foi desenvolvido a partir do conhecimento neurocientífico sobre o processamento cognitivo cerebral dos próprios estudantes que tinham déficit de atenção ou dislexia, por exemplo. Foi a partir da leitura dos mapas cerebrais dos alunos, com ajuda de eletrodos, aliado ao desenvolvimento de modelos matemáticos, que os pesquisadores conseguiram analisar as dificuldades específicas dos estudantes.
Depois que o aluno responde a uma série de questões de matemática e português, o software consegue indicar àqueles com transtornos de aprendizagem, um roteiro de assuntos que precisariam gastar mais tempo para melhor compreender. A partir daí, os estudantes têm acesso a uma série de exercícios e atividades complementares que os auxiliam na recuperação do conteúdo. O primeiro piloto do projeto foi realizado com alunos que moram em um dos municípios mais miseráveis do Brasil: Santa Luzia do Itanhy, localizado a 86 km da capital sergipana. E os resultados em relação à melhoria da aprendizagem dos estudantes foram positivos.
Do total de 1.271 participantes, cerca de 30% apresentaram, em algum nível, um determinado tipo de transtorno de aprendizagem. Esses 382 alunos foram monitorados durante o ano letivo de 2010 e tiveram uma melhora de desempenho de 16% em português e 12% em matemática. Conforme relatório que resume os dados da pesquisa: “o resultado positivo pode ser constatado em 2010 e novamente no ano seguinte.  Além disso, professores relataram uma significativa melhoria no comportamento destes alunos, provavelmente decorrente do fato deles passarem a conseguir acompanhar os conteúdos das aulas”.
“Nós acreditamos piamente que a neurociência vai ajudar a educação. Quando se estuda o cérebro do ponto de vista neurofisiológico, dá para perceber que ele adota certos caminhos e certas conexões. Dependendo do tipo de problema neurocognitivo do aluno essas conexões podem adotar outros caminhos. Buscamos entender melhor esse processo para que dessa forma possamos conhecer as dificuldades de cada estudante”, explica  Saulo Barreto, cofundador e pesquisador do IPTI (Instituto de Pesquisas em Tecnologia e Inovação), instituição líder do projeto experimental e que também desenvolve uma série de tecnologia sociais em Sergipe. Todas elas criadas conjuntamente com os diferentes públicos-alvo a que se direcionam.
Com os resultados em mãos, foi observado não apenas um acréscimo no desempenho como também uma melhoria na autoestima dos alunos das séries iniciais do ensino fundamental de Santa Luzia. “Antes eles achavam que eram ‘burros’, mas com o sistema eles passaram a compreender melhor quais eram suas dificuldades e em que assuntos precisavam melhorar”, diz Barreto, que juntamente com outro pesquisador do IPTI, Fábio Rocha, comandou a implantação da iniciativa.
Próximo passo
Depois do resultado satisfatório do projeto experimental, a partir de 2012 os pesquisadores do IPTI decidiram reformular a plataforma do EnsCer com o objetivo de torná-la mais robusta. Está em processo de desenvolvimento no momento uma nova versão atualizada do software. Intitulada Synapse, o novo programa visa auxiliar alunos do ensino fundamental no processo de alfabetização. Ou seja, agora o foco não é apenas aqueles estudantes que têm transtornos de aprendizagem.
A ideia é, após o mapeamento das dificuldades dos alunos, sugerir materiais didáticos adequados a serem trabalhados em cada sala de aula. Para tanto, a participação do professor das escolas de Santa Luiza – que servirão novamente de laboratório –  será fundamental. “Antes nosso trabalho era feito apenas no contraturno e com um contato mais direto com o aluno, agora queremos ir para dentro das salas de aulas e levar essa ferramenta ao professor. Mas sabemos que uma mudança dessa exige paciência e sem o apoio dos educadores não podemos chegar a lugar algum”, fala Barreto.
Para o próximo passo da empreitada, já foram selecionados 150 alunos divididos em seis turmas, todos eles estudantes do 1o ano do fundamental de quatro escolas da cidade. A ideia é testar a plataforma com esses alunos e comparar os resultados obtidos por eles com os de outros estudantes que não participarão da pesquisa. A plataforma estará acoplada a um outro software de gestão escolar, incluindo dados de frequência e desempenho, tudo isso para melhor facilitar a leitura dos resultados pelos professores. O monitoramento começará, no entanto, apenas a partir do próximo ano letivo. “Nosso sonho é que cada aluno possa aprender aquilo que ele deve aprender na sua respectiva idade. Esperamos depois de colher os resultados, levar, nos próximos anos, essa tecnologia social a escolas de outros 4.900 municípios que possuem menos de 50 mil habitantes”, fala Barreto..

Mídias Digitais Não Anulam o Valor Das Bibliotecas Físicas


“A biblioteca Google cumpre um papel significativo ao escanear e divulgar as obras raras. Mas as novas tecnologias não anulam a importância e o papel das bibliotecas físicas, enquanto centros não apenas de conservação, mas também de difusão da leitura”, defende Nelson Schapochnik, professor da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP) e especialista em história da leitura.
Ipad, celular, netbook, note, kindle, papel-jornal, revistas, poemas em cds e até livros. Conservar os conteúdos feitos para diferentes suportes de comunicação traz desafios inéditos a respeito da manutenção de coleções no presente e no futuro. “As bibliotecas vão se tornar cada vez mais um lugar de estudos e menos um lugar de leitura pelo mero prazer”, pondera Schapochnik.
Um dos aspectos ressaltados por ele são as novas formas de exclusão social que surgem mesmo com o advento das mídias digitais. “Existem os Pontos de Cultura, que facilitam o acesso ao acervo digital. Mas quem é que lê Ulisses, do James Joyce, na tela de um computador? O romance narra 24 horas na vida de uma pessoa, mas são 800 páginas, afinal”.
Schapochnik lembrou que o homem, ao longo da sua trajetória, conviveu com diferentes jeitos de ler e atribuir sentido ao que se lia. “A leitura não é um processo natural ou universal, que ocorre do mesmo jeito, mas antes uma prática cultural e que, portanto, deve ser compreendida de acordo com as suas variações ao longo do tempo e nos diferentes lugares em que acontece”.
Sobre o modo predominante como se lê hoje, o pesquisador acredita que a revolução da informática propicia uma percepção mais veloz do tempo, o que tem repercutido na qualidade da leitura. “De uma leitura sistemática passou-se a ler no intervalo entre uma coisa e outra, como quando fecha o farol, ou no ônibus do trabalho para casa”, afirmou.
De acordo com ele, outros tipos de leitura continuarão a ser desenvolvidos. “Não se lê mais de cabo a rabo, mas saltando, como nas páginas que se abre na janela de um computador. Para isso já existe até um verbo específico: surfar. Continuamos atualizando e criando novas maneiras de ler”, afirma.
Para Schapochnik, formatos diversos convivem com práticas de leitura concomitantes.  “A história material do livro influencia o tipo de leitura que se faz. As características físicas são decisivas no modo com que se lê. Pra cada tipo de leitor existe uma edição correspondente a sua expectativa. Diz-me que edição tu lês e te direi que leitor tu és”, conclui.

Videoaula é Publicada Em Blog Para Alunos Estudarem Em Casa



O Jornal Nacional apresentou uma professora da rede estadual gaúcha. Os alunos adoram o jeito que ela encontrou de ensinar matemática.

A aula terminou, mas a professora continua ensinando para uma sala vazia. A lição extra é gravada. No tripé improvisado, a câmera vira material didático.

Com a ajuda da câmera, a Lia dá aulas mesmo longe da escola. Quando chega em casa, ela publica o vídeo que produziu em um blog na internet. Assim, o conteúdo está sempre disponível. 

Mas como atrair a atenção dos alunos? O segredo está no conteúdo desse blog.

Na página que ela criou, os estudantes são as estrelas: eles soltam a voz na canção sobre matemática, e exibem fotos com as provas nota dez. 

“Vocês já entraram no blog para ver as fotos de vocês?”, pergunta o repórter. 

“Sim, claro, eu sou bonito, né”, diz um aluno. 

O truque das fotos funciona. O aluno se vê na internet e aproveita para aprender com a vídeoaula, jogos e exercícios. Em dois anos, são mais de 23 mil acessos. 

“Hoje em dia os alunos ficam muito tempo na internet. Eu criei o blog com isso. 

Se eles perderam um pouquinho deste tempo, uma duas, três horas, 15, 20 minutos eles percam no meu blog, vendo atividades educativas, já está de bom tamanho”, declara Lia Moreira Figas, professora de matemática.

Uma vantagem para a turma do sexto ano, que passou a estudar até pelo telefone celular. 

“Quando na aula tu não entende, tu pode ir no blog e ver o vídeo para entender melhor a matéria”, diz um aluno. 

“Achei também atividades para a gente fazer, pra gente se reforçar mais, para passar de ano”, afirma a aluna Ketrin de Souza. 

Para fazer o blog, Lia aproveitou o conhecimento que tinha do antigo trabalho como fotógrafa, que, aliás, rendia mais dinheiro, mas não tinha, para ela, o encanto de uma sala de aula. “Ser professora é uma benção. Receber o carinho dos alunos e eles sempre na tua volta querendo falar contigo, não tem serviço melhor, não tem emprego melhor”, diz a professora.

Especialistas Apostam no Celular Para Melhorar Educação



Nenhum professor gosta de ver seus alunos distraídos durante a aula, atraídos por mensagens, vídeos e redes sociais no celular. No entanto, a imagem do celular como um vilão da educação está ficando para trás. Especialistas em ensino a distância já consideram o celular um aliado da educação por sua facilidade de acesso.
No Brasil, são exemplos de projetos iniciativas como o ProDeaf, aplicativo para celulares Android que traduz tudo o que você escrever ou falar para libras (língua de sinais usada por pessoas surdas e mudas) e ainda a parceria de uma operadora de telefonia celular com o professor Pasquale, que tira dúvidas de português da escola ou do trabalho pelo celular. 
Outras incluem cursos de idiomas e de outras áreas via smartphones, além de projetos pelo mundo como o Nokia Mobile Mathematics, criado na África apoiar o ensino de matemática.
A tendência do mobile learning, ou m-learning, ganha força quando se avalia o número de celulares no mundo: entre 2000 e 2012, ele subiu de um bilhão para seis bilhões. Até o final de 2013, a previsão é de que esse número alcance quase sete bilhões, o que significa que os celulares serão quase o mesmo número de habitantes do mundo, segundo a UIT (União Internacional de Telecomunicações).
“Precisamos começar a integrá-los no cotidiano escolar. Enquanto instrumento de informação e comunicação, o celular tem o potencial inquestionável de viabilizar o acesso a dados e colocar pessoas em contato”, diz Antonio Carlos Xavier, professor da UFPE (Universidade Federal de Pernambuco) do Núcleo de Estudos de Hipertexto e Tecnologias Educacionais.
Para Gil Giardelli, especialista em inovação digital e professor da ESPM, o celular é hoje objeto inseparável do educador. “Se o educador se posicionar como um curador de conteúdos e enviar materiais que despertam o interesse do aluno no trânsito, nas filas e em seus momentos de micro-tédios, ele consumirá e compartilhará o conteúdo do professor e entraremos na era do fim da aula cronometrada e do espaço concreto, onde alunos aprenderão no seu tempo e espaço”.
Exemplos de como os professores podem usar o celular nas aulas não faltam. Desde lembretes de tarefas, sugestões de leituras e de programação cultural, exercícios preparatórios, entre outras dicas que podem ser enviadas por torpedo, como para pesquisas rápidas na internet, consulta a dicionários e a gravação de entrevistas em áudio ou em vídeo feitas pelos alunos com posterior debate das respostas.
Independente da iniciativa, José Manuel Moran, doutor em comunicação pela USP e coordenador de EAD da universidade Anhanguera, aponta que o alto custo e a baixa qualidade da conexão à internet são os principais obstáculos ao m-learning. “O custo do acesso à banda larga ainda é muito caro. A maioria dos dispositivos só pode ser acessada online, as conexões nem sempre favorecem o conteúdo postado, então é preciso um acordo com as companhias de telefonia para que o custo da internet seja mais barata e a conexão melhorada, pelo menos nos projetos em áreas mais pobres”.
No Brasil, uso de celular para aprendizagem de idiomas é destaque
No Brasil, o uso do celular ou smartphones como recursos pedagógicos é bastante novo. Além dos exemplos citados no início, Xavier destaca o bom uso que escolas de idiomas vêm fazendo da ferramenta. Muitas operadoras de telefonia já apostam em cursos de idiomas por SMS.
Da UFPE, Xavier cita dois trabalhos que orientou em 2012 onde as pesquisadoras realizaram experimentos com o uso do celular para o ensino de inglês. Em um deles o aluno interagia com um avatar em um aplicativo que simulava situações de viagens para o exterior, e no outro, feito com aprendizes de inglês de uma escola pública do ensino médio, os alunos recebiam tarefas por torpedo, gravavam textos em inglês para testar a pronúncia e realizavam buscas em dicionários “baixados” em aparelhos celulares. 
“Os resultados de ambas as investigações apontaram para um significativo aumento do interesse dos estudantes pela aprendizagem da língua inglesa, quando havia atividades para serem realizadas no e com o celular. Perceberam uma nítida ampliação de vocabulário e melhoria na pronúncia entre os estudantes que participaram das pesquisas. Estou certo de que em um país com mais de 200 milhões de celulares, a tecnologia nos ajudará  a fazer uma revolução educacional”, diz o professor.